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Mulher, vida, liberdade!

Em mais uma manifestação da resistência feminina, os protestos no Irã já duram três semanas, com movimentos de solidariedade ressoando em outras partes do mundo, inclusive no Brasil.


Os protestos foram desencadeados pela morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, após ser detida pela "polícia da moralidade" em 13 de setembro em Teerã, por ter supostamente infringindo a lei que exige que as mulheres cubram os cabelos com um véu ou lenço, o hijab. A polícia nega as agressões e diz que a jovem morreu em decorrência de um ataque cardíaco, porém a família afirma que Mahsa foi brutalmente agredida pelos policiais.


As mulheres iranianas foram às ruas gritando em uma só voz: "zan, zendegi, azadi", ("mulher, vida, liberdade") e com atos simbólicos como lançar seus hijabs no ar, entoar slogans contra o governo e cortar uma mecha de cabelo protestam contra um regime conservador. As manifestações ganharam força e grande repercussão e se transformaram em manifestações nacionais contra os líderes do Irã.


No Brasil, um grupo de mais ou menos 30 iranianos se reuniu na Avenida Paulista para expor sua insatisfação com o regime fundamentalista que comanda o país há mais de 40 anos.


O ato de cortar o cabelo, como símbolo do protesto, ganhou grande repercussão internacional. A matéria da BBC News, de hoje (10/10/2022), evidencia um dos atos públicos mais proeminentes destas manifestações, a de Abir al Sahlani, deputada sueca de origem iraquiana no Parlamento Europeu. Em pleno discurso perante o Parlamento, Al Sahlani pegou uma tesoura, cortou uma mecha de cabelo e pediu mais ação da União Europeia (UE) contra o Irã. Na mesma matéria, o sociólogo iraniano Mehrdad Darvishpour, da Universidade de Malardalen, na Suécia, explica,


"Tradicionalmente, o cabelo comprido é muito importante para nossas mulheres, então cortá-lo é um protesto contra a ideologia antifeminina e agora também um símbolo de solidariedade."

A presença de homens nas manifestações chama a atenção e especialistas explicam, que isso mostra uma evolução da sociedade, que caminha em direção a demandas mais progressistas, tornando os protestos mais inclusivos.


MULHER, VIDA, LIBERDADE!


Fontes:


Foto: Em Istambul, mulher corta o cabelo em público como forma de protesto contra o governo do Irã — Foto: Yasin AKGUL / AFP.



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